Não aguento mais falar de amor.
Parece que a cada vez que penso e escrevo, ele vai se desfazendo, se dissipando no meu espaço. O meu amor é vivido, é secreto, é sentido. Quanto mais eu digo de amor, menos ele existe de fato (mais ele existe só em mim – e sinceramente, já deu de platonismo).
O meu amor é o momento, de momento, não tem hora e nem forma, não tem endereço de chegada e também não sei qual parte de mim é o remetente.
Me sinto perdendo tempo falando do amor. Assim, conforme o tempo passa vem a distância, tão esperada, entre eu e ele.
E, assim, repito a pergunta:
será que permaneço capaz para o amor?
Um comentário:
e se desfaz mesmo.
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